7.12.10

Não é perseguição, mas... COCA-COLA DE NOVO!?

Agora foi a vez da Burn aprontar, colocaram um banner PÉSSIMO no myspace.
Vejam aí a obra-de-arte:

PORRA BURN! É energético ou Boa Noite Cinderela?

1.10.10

Design de Serviços: O pão-de-açúcar se perdeu?



O post a seguir foi extraído do blog DESIGN DE SERVIÇOS, do Tennyson Pinheiro. (para ver o post em seu local original, clique AQUI )


Essa semana eu fui no 3rd International Branding Seminar, na faculdade Rio Branco em SP e o Tennyson foi um dos palestrantes.
Achei EXCELENTE o que ele tinha para falar, e quando acessei o blog dele encontrei esse post que trouxe para vocês. Os meus comentários estão em bold, itálico e sublinhados, para ninguém confundir hahaha.
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(início do post original)
O pão-de-açúcar se perdeu?
O Pão de Açúcar sempre foi conhecido por ser um supermercado posicionado de maneira mais premium, com preços levemente acima dos hipermercados concorrentes, com um bom mix de produtos, organização e atendimento nota 10. Com lojas localizadas sempre por perto e abertas 24hs, tem como premissa promover uma experiência de : "Conveniência e conforto a qualquer hora".


Promessa da Marca: "Do jeito que você quer. Do jeito que você gosta."
Nota: hoje em dia o posicionamento é "lugar de gente feliz", mas tudo que ele ressaltou nesse texto vale para esse conceito também.


Uma Marca que pretende promover esse tipo de experiência não pode errar em detalhes básicos em seus pontos de contato com o clente. Conforme venho insistindo em meus posts: Uma boa experiência é sempre aquela sob a qual você tem controle e que é promovida intencionalmente. O resto é coincidência. Triste ou feliz.


Recentemente o grupo Pão de Açucar adquiriu diversas empresas tanto no ramo de hipermercados como no de eletrodomésticos como foi o caso do Ponto Frio, sua mais recente aquisição. Seu portfolio de Marcas é mais ou menos como segue abaixo, somando-se o Ponto Frio.


Vamos dar uma olhada na jornada do cliente no Pão de Açucar. Nota: Jornada do cliente é um termo que o Tennyson usa bastante, é fundamental em design de serviços.

Horário: 0:30
Loja: Ana Rosa (São Paulo)

1) O carrinho.
Em um supermercado que está posicionado como premium na cabeça do consumidor o carrinho NÃO PODE ter problemas. Isso é o básico para qualquer supermercado. Carrinho de mercado não é só ponto de contato. É ponto de contato CRÍTICO.
 
Nota: Crítico é pouco. O cliente vai ter que ficar empurrando essa PORRA de carrinho durante um bom tempo dentro do supermercado, e isso SÓ PIORA se for uma madame de um bairro chique.

Mesmo pela foto, percebe-se o estado em que se encontra esse carrinho de compras.

2) O Hall de entrada (frutas)
Ao entrar na loja a primeira sessão é a de frutas. Esse foi o estado encontrado dessa sessão, caixas e mais caixas de reposição encurtavam corredores, alguns clientes removiam as caixas com os pés para poder passar com os carrinhos.



3) Corredores
Os corredores estavam repletos de caixas de reposição, o que dificultava a passagem do carrinho conforme mostra a foto abaixo.



4) Reposição de produtos.
Apesar de tantas caixas de reposição espalhadas as prateleiras do supermercado estavam desoladas, conforme você pode verificar na seqüência de fotos abaixo.


Prateleira da Taeq, produto Private Label distribuído pelo próprio Pão de Açucar.

5) Checkout
O que mais chamou a atenção no checkout foi a constante falta de sacolas plásticas que foi atribuida a um movimento "sustentável" por parte da loja. A solução, segundo os funcionários, para o cliente não utilizar a sacola plástica, é o uso de caixas de papelão. Mas não são caixas de papelão preparadas para o transporte das compras e "branded" com o logo do Pão de Açúcar, e sim caixas de sobra de reposição... as mesmas que estavam empilhadas por todos os corredores (fotos acima).
Isso nos fez pensar, se as caixas de papelão que encontramos pelo caminho estavam realmente ali por conta da reposição ou se estavam esperando para serem utilizadas nos caixas.


A Jornada do consumidor não termina no caixa do mercado. Termina em casa ao guardar as compras. O que nos levou a pensar na cena... Um consumidor do Pão de Açucar, chegando em seu apartamento carregando as suas compras em uma caixa de Bombril re-utilizada. A impressão (como pode-se ver pela foto) é a de que o consumidor ganhou os itens que carrega como cesta básica ou ajuda comunitária, e não que fez suas compras em um supermercado premium.

6) Estacionamento
Essa é a lixeira do estacionamento. Ela fica exatamente no estacionamento ao lado dos carros e o consumidor passa com o seu carrinho de compras ao lado da mesma.



A placa do recipiente de reciclagem de Pilhas não só ficou afogada no lixo, como era impossível distinguir qual o recipiente correspondia a mesma.

Ao conversar com alguns funcionários a respeito desses problemas fomos informados que:
1) O Horário era ruim.
2) A loja estava com menos funcionários.
3) As caixas de papelão eram uma declaração do Pão de Açúcar em prol da sustentabilidade.
4) Os corredores não estavam tão bagunçados assim.
5) Sempre foi assim durante esse horário.


Promessa da Marca: "Do jeito que você quer. Do jeito que você gosta." (Lugar de gente feliz)

... será que o Pão de Açucar se perdeu?
(fim do post original)
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AHHH que alívio!
Fico saltitante de saber que tem mais gente que enxerga esses ABSURDOS da vida moderna.
Não tem nem muito o que comentar, o Tennyson foi bastante preciso na análise que fez!

E pra quem não foi no 3rd International Branding Seminar, só tenho uma coisa a dizer:
SE FUDERAM!!! FOI MUITO BOM!
pronto, tchau.

10.9.10

Open Happiness

Quem gosta de Coca-Cola levanta a mão.
o/
Pois é. Eu sei que você gosta também.
Agora vou fazer outra pergunta:
Quem aqui acha que Coca-Cola é uma coisa boa? Que faz bem? Que respeita o ambiente? Que ajuda as criancinhas?
.


Ok. E você toma mesmo assim. Nem que seja a sem-gracisse da COCA ZERO, mas  você toma.


Mas pode sair da defensiva, não estou escrevendo esse post para te fazer sentir mal. Meu foco é outro, hoje eu vim criticar o marketing da Coca-Cola.


Para entender o ponto central do argumento que eu estou utilizando, primeiro é preciso ter uma noção básica de ARQUÉTIPOS DE MARCA.


Alguns estudiosos (como Carl  Jung) defenderam que o comportamento humano pode ser enquadrado em alguns padrões pré-determinados, que seriam os mesmos para todas as pessoas. Por isso todas as histórias têm Heróis, Inimigos, Sábios, Princesas, Amigos, etc. É assim que nós somos, temos uma tendência natural a nos encaixarmos em um papel na história (leia-se “na vida”).


Os mitos, as lendas, as histórias infantis, os contos, os filmes, os livros, TUDO comprova essa teoria, e se você olhar ao seu redor vai ver que também classifica as pessoas em categorias: fulano é o Bobo da Corte, beltrano é o Rebelde, etc.
Seguindo os estudos de arquétipos, alguns especialistas começaram a dizer que as marcas também possuem arquétipos, uma vez que atuam em nossas vidas como se fossem pessoas.


Dentre esses especialistas, muitos deles concordam que a Coca-Cola representa o arquétipo do INOCENTE. Se você já leu o livro “O Herói e o Fora-da-Lei” você sabe do que eu estou falando.


Sabe aquela pessoa que vê o mundo cor-de-rosa, sonha com o paraíso mas não faz nada para atingi-lo? Aquela pessoa que chamamos de Pollyana, que é uma otimista extrema a ponto de nem enxergar os problemas.


Podemos observar claramente como a Coca-Cola faz uso desse arquétipo no posicionamento “Open happiness”, que foi MAGISTRALMENTE retratado com a campanha da fábrica da felicidade: Happiness Factory (video)


Na boa, ISSO me dá muita vontade de tomar uma Coca gelada.


É isso que uma latinha de coca representa para mim: bixinhos saltitantes, um mundo mágico, felicidade instantânea. Não quero saber de preservação ambiental, dos males à saúde, dos ingredientes. A Coca-Cola é um pequeno prazer que você se permite, uma pequena alegria no seu dia.


Totalmente diferente disso: http://www.cocacolabrasil.com.br


Se eu quisesse ajudar a natureza, eu tomaria um suco. Se eu quisesse ajudar as crianças, eu iria fazer caridade. Mas eu só quero uma Coca gelada.

Na minha opinião a Coca-Cola erra feio quando tenta criar consciência sobre os males que causa, porque ela deixa de agir como uma criança inocente e passa a assumir sua culpa, sua responsabilidade, e contamina o consumidor com isso. Aquela história de “ontem fui planta, agora sou PET” das novas PlantBottles não me agrada nem um pouco.


É a mesma coisa que o McDonalds vendendo maçã a 1 real no balcão da lanchonete. Tipo assim: “Ah, me vê um Big Tasty com batata grande e refrigerante. E uma maçã para sobremesa.” Eu acho que eles NUNCA venderam uma maçã lá dentro.



Mas voltando ao assunto da Coca, veja esse print do filme Hapiness Factory 3:
Eu quero ESSA garrafa de Coca, que foi venerada por milhares de pequenas criaturas fofinhas e agora está na minha mão. Não me importa se eu morrer de cárie, se meu estômago derreter, se o mundo acabar em garrafa PET. Eu só quero uma Coca gelada.

Deu pra entender?